Polícia Civil investiga retirada de corpos após megaoperação no RJ
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abrirá investigação por fraude processual contra as pessoas que retiraram corpos de uma área de mata após a megaoperação contra o Comando Vermelho. A confirmação foi feita pelas forças de segurança do estado durante uma coletiva na tarde desta quarta-feira (29).
Na manhã desta quarta, a Defensoria Pública do Rio informou que a ação das forças de segurança nos Complexos da Penha e do Alemão resultou em ao menos 130 mortos.
Já em entrevista coletiva, um balanço do governo do estado indicou que a megaoperação deixou 119 mortos, sendo 58 no dia da operação e 61 corpos encontrados na mata.
Na manhã desta quarta, a Praça da Penha, na Zona Norte do Rio, amanheceu com uma fila de corpos estendidos sobre uma lona. Moradores e ativistas afirmaram que mais de 60 corpos foram retirados por cidadãos da mata do Complexo da Penha durante a madrugada.
O governo declarou que 61 corpos foram localizados e retirados da mata.
A Operação Contenção foi uma ação conjunta das polícias Civil e Militar realizada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
A operação envolveu cerca de 2.500 agentes das forças estaduais, resultado de mais de um ano de investigação pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Conforme a Secretaria de Segurança Pública e o Governo do Estado, o objetivo principal era combater a expansão do Comando Vermelho e cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes e líderes da facção.
Trinta dos alvos eram membros do grupo vindos de outros estados, especialmente do Pará, onde estariam escondidos nessas comunidades.
Essa ação se tornou a mais letal da história do Rio de Janeiro, contabilizando 119 mortos.
Além dos mortos, 10 menores foram apreendidos e 113 pessoas presas, incluindo Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, apontado como operador financeiro do Comando Vermelho no Complexo da Penha e braço direito do chefe Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”.
Créditos: CNN Brasil