Polícia instaura inquérito sobre importunação contra filha de Everson na Arena MRV
A Polícia Civil de Minas Gerais ouviu a representante legal da filha do goleiro Everson na tarde de segunda-feira, em Belo Horizonte. A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) abriu um inquérito para apurar a denúncia de importunação sexual verbal contra a menor de 13 anos.
Testemunhas do caso também foram ouvidas pela polícia. O Atlético-MG encaminhou as imagens do incidente para a Delegacia de Eventos e para a DEPCA, a fim de identificar os torcedores envolvidos.
O ocorrido aconteceu quando a família do jogador se preparava para deixar a Arena MRV após o empate por 1 a 1 com o Santos, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O estacionamento reservado aos atletas é um espaço privado, sem acesso da torcida, porém a divisória tem furos que permitem a visualização do outro lado. Apesar de não haver contato físico, Everson e sua esposa relataram que ouviram ofensas direcionadas à filha.
O local é monitorado por câmeras, e o Atlético-MG divulgou uma nota expressando apoio ao jogador, afirmando que além da responsabilização criminal, tomará medidas administrativas contra os responsáveis.
Everson e sua esposa, Rafaela Vieira, relataram o episódio nas redes sociais no domingo. Segundo eles, os torcedores comentaram sobre o corpo e a aparência da filha de 13 anos.
Segundo Everson, “Minha filha desceu do carro para me avisar que estavam xingando. Pedi que os seguranças tentassem conter a situação. Esses torcedores estavam do outro lado de um portão fechado, porém vazado, que permite a visão.”
Ele destacou que, ao voltar para o carro, os torcedores falaram sobre a menina, focando em seu corpo e aparência. “Não queremos fazer barulho, mas precisamos trazer essa situação à tona. Não é fácil ser família, e as pessoas complicam ainda mais.”
Rafaela acrescentou: “Cumprirei tudo o que falei a esses torcedores. Espero que compreendam que não gostamos de ser os ‘chatos’ desta vez, mas não há outra saída senão recorrer à lei. Agradecemos o apoio recebido até o momento.”
Créditos: ge