Professor brasileiro perde visto e é preso por disparar arma perto de sinagoga nos EUA
Carlos Portugal Gouvêa, professor e advogado brasileiro de 47 anos, foi detido nos Estados Unidos na quarta-feira (3 de dezembro de 2025) e teve seu visto revogado após disparar uma arma de pressão nas proximidades de uma sinagoga em Brookline, Massachusetts, perto de Boston. O ocorrido se deu em 2 de outubro de 2025, um dia antes do Yom Kippur, a data mais sagrada do judaísmo.
Segundo o Departamento de Segurança dos EUA, a prisão foi efetuada pelo ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA). Na época, Gouvêa atuava como professor visitante na Universidade Harvard. Ele se declarou culpado e aceitou um acordo judicial em 13 de novembro.
Gouvêa foi condenado pelo disparo ilegal da arma de pressão. Outras acusações contra ele, como conduta desordeira, perturbação da paz e danos maliciosos à propriedade privada, foram arquivadas. As autoridades americanas informaram que ele optou por sair voluntariamente do país, evitando ser deportado.
Ao ser detido no início de outubro, o brasileiro disse à polícia que estava “caçando ratos”, mas o governo dos EUA classificou o episódio como um ato antissemita. A Universidade Harvard colocou Gouvêa em licença após o incidente.
O comunicado oficial do governo norte-americano não especificou o local exato da prisão realizada em 3 de dezembro.
Carlos Portugal Gouvêa é professor de direito da USP (Universidade de São Paulo) e um dos fundadores do Instituto Sou da Paz, instituição criada em 1997 com foco na redução da violência no Brasil e na preservação da vida. Além disso, ele é fundador e diretor-presidente do Instituto de Direito Global, um think tank dedicado a pesquisas sobre justiça social e ambiental.
Créditos: Poder360