PT defende atos contra projeto de anistia e critica Congresso neste domingo
Edinho Silva, presidente nacional do PT, defendeu as manifestações programadas para domingo (14.dez.2025) contra o PL da Dosimetria. Esta proposta é alternativa ao PL da Anistia, que reduz as penas dos condenados pelos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro e também daqueles condenados pela tentativa de golpe de Estado. O texto foi aprovado na Câmara e aguarda análise no Senado.
Em nota, Edinho revelou respeito pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mas criticou a opção das Casas por uma pauta que considera “extremamente impopular, que gera instabilidade institucional, uma agenda de confronto político”. Ele afirmou que sempre defenderá o “fortalecimento da democracia” e as “posições históricas do PT”.
Na nota, Edinho declarou: “Tenho respeito pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre; sempre defendo o Congresso Nacional como expressão da democracia, mas as Casas optaram por uma agenda extremamente impopular, que gera instabilidade institucional, uma agenda de confronto político; sempre vou procurar ser um agente do diálogo e da pacificação política, mas jamais vou deixar de defender o fortalecimento da democracia, e os interesses populares, jamais vou deixar de defender as posições históricas do PT”.
Os atos convocados pelo PT e centrais sindicais ocorrerão em São Paulo, Brasília e Uberlândia (MG). As artes divulgadas destacam frases como “Em defesa da democracia e do povo brasileiro”, “Congresso inimigo do povo” e “Sem anistia pra golpista”.
Em São Paulo, a concentração está marcada para as 14h na avenida Paulista, em frente ao MASP.
Edinho Silva também divulgou em seu perfil no X um vídeo convocando para o ato, no qual afirma que o Congresso aprovou projetos que representam “retrocessos gravíssimos”, citando o PL da Dosimetria aprovado na Câmara e a PEC do Marco Temporal no Senado. Ele conclama: “Vamos para as ruas em defesa de todas as brasileiras e de todos os brasileiros”.
Nos últimos meses, manifestações de esquerda foram registradas em diversas cidades do Brasil. Em 7 de setembro de 2025, cerca de 4.300 pessoas estiveram na Praça da República, em São Paulo, segundo levantamento do Poder360. No dia 21 de setembro, a manifestação contra a PEC da Blindagem na avenida Paulista reuniu 43.400 pessoas, conforme contagem do mesmo veículo. No último domingo (7.dez), um ato contra o feminicídio, também na Paulista, contou com 9.200 participantes.
A avenida Paulista e o MASP são locais tradicionais para protestos no país. Foi nesta região que o movimento Diretas Já ganhou força nos anos 1980. Décadas depois, em 2013, a mesma área foi palco dos protestos de junho. Após esses eventos, a Paulista também sediou grandes manifestações da direita, incluindo atos pró-impeachment de Dilma Rousseff em 2015 e 2016 e movimentos bolsonaristas desde 2019.
Créditos: Poder360