Relator diz que Bolsonaro será beneficiado por projeto da dosimetria de penas
O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de lei da Dosimetria, anteriormente chamado PL da Anistia, afirmou em entrevista à CNN nesta sexta-feira, 19 de setembro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será beneficiado pela redução de penas caso a proposta seja aprovada.
Paulinho explicou que a redução não se aplicará a todos os crimes imputados a Bolsonaro, mas a alguns, e que a medida valerá para outras pessoas também. “Ele será beneficiado em alguns crimes que foram imputados a ele, nós não vamos pegar todos os crimes, vamos pegar alguns crimes que foram imputados, e que não vai servir só para o Bolsonaro, mas para todos, e esses crimes serão beneficiados”, declarou.
O objetivo do projeto é diminuir as punições para parte dos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. O deputado ressaltou que a proposta tenta atender tanto o Parlamento quanto a população.
“O que a gente precisa é beneficiar uma parte das pessoas, reduzindo as penas. Eu preciso agradar a maioria do Congresso e a maioria do povo brasileiro que quer uma vida diferente dessa polarização”, disse ele.
Paulinho da Força disse ainda que ouvirá todas as bancadas da Câmara na próxima semana para acelerar a tramitação da proposta. “Vou ouvir todas as bancadas e ouvir o que cada um quer. Quem atentou contra a democracia, quem atentou contra o Estado de Direito, isso não será contemplado. Se isso vai entrar ou não em outro projeto vai depender do que vou tratar semana que vem”, concluiu.
Na quinta-feira, 18 de setembro, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), nomeou Paulinho da Força como relator do projeto, que teve o requerimento de urgência aprovado na noite de quarta-feira, 17.
Motta afirmou que pretende construir com o relator um texto que promova a pacificação do país. “Tenho convicção que a Câmara conseguirá construir essa solução que busque a pacificação nacional, o respeito às instituições, o compromisso com a legalidade e levando em conta também as condições humanitárias das pessoas que estão envolvidas nesse assunto. Não se trata de apagar o passado, mas de permitir que o presente seja reconciliado e o futuro construído em bases de diálogo e respeito”, afirmou.
Créditos: Terra