Política
16:09

Reprovação ao governo Lula sobe a 48,6% e supera aprovação

Uma pesquisa da AtlasIntel divulgada em 2 de dezembro de 2025 indica que 48,6% dos eleitores avaliam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ruim ou péssimo. Esse índice de avaliação negativa voltou a superar a avaliação positiva, que caiu de 48% em outubro para 44,4% em novembro.

Esse resultado interrompe a sequência de melhora observada nos meses anteriores. Em agosto, o percentual de avaliações ótimo ou bom estava em 43,7%, subindo para 46,2% em setembro e alcançando 48% em outubro, a melhor marca desde novembro de 2024, momento em que ultrapassou a avaliação negativa.

Em novembro, entretanto, a rejeição voltou a aumentar, aproximando-se dos patamares registrados em julho.

A desaprovação ao desempenho do presidente Lula também cresceu, superando a aprovação. Atualmente, 50,7% desaprovam o presidente, contra 48,1% em outubro, enquanto 48,6% aprovam, comparado a 51,2% do mês anterior. Esses números interrompem a recuperação da popularidade observada entre julho e agosto, que foi atribuída à resposta do governo federal ao aumento das tarifas anunciado pelos Estados Unidos e ao avanço do projeto de lei do novo Imposto de Renda.

O instituto associa a piora da popularidade de Lula à dificuldade do governo em apresentar uma resposta convincente para a questão da segurança pública, tema que ganhou destaque após uma grande operação policial no Rio de Janeiro. “Criminalidade e tráfico de drogas” tornou-se o maior problema apontado pelo país, citado por 63% dos entrevistados, ultrapassando a corrupção, mencionada por 60%, a qual liderava desde maio.

A pesquisa foi concluída um dia após a sanção da nova lei do Imposto de Renda na semana anterior. O aumento da faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais é uma das principais apostas do governo para 2026. Nas pesquisas eleitorais, Lula continua na liderança, embora com menor vantagem em alguns cenários.

Na economia, a pesquisa revela pessimismo do eleitorado. O índice de confiança do consumidor caiu de 3,6 em outubro para -6,1 em novembro. Este índice reflete a percepção sobre a situação econômica do país, da família, do mercado de trabalho e a expectativa para compra de bens duráveis.

Sobre o mercado de trabalho, 46% dos entrevistados o consideram ruim, 31% bom e 23% normal. Esses dados contrastam com a taxa oficial de desemprego de 5,4% no trimestre encerrado em outubro, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE.

Ao avaliar a situação geral do Brasil, 54% disseram que está ruim, 31% boa e 15% normal. Em relação ao futuro imediato, 42% acreditam que a situação vai piorar, 41% que vai melhorar e 17% que permanecerá igual.

A AtlasIntel entrevistou 5.510 pessoas por meio de questionários online entre 22 e 27 de novembro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, com nível de confiança de 95%.

Créditos: Valor

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