Internacional
12:10

Rússia ataca creche e usinas na Ucrânia após adiamento de cúpula Trump-Putin

Por Isabella de Paula

Em 22 de outubro de 2025, poucas horas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar o adiamento de uma cúpula prevista para o final do mês em Budapeste com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, Moscou realizou um ataque mortal a usinas de energia e a uma creche na Ucrânia, deixando ao menos seis mortos.

Trump justificou o adiamento afirmando que o encontro seria um desperdício de tempo, já que Putin não demonstra disposição para negociar com o governo ucraniano o fim do conflito, rejeitando novamente uma proposta de cessar-fogo após três anos de guerra.

“Não quero uma reunião inútil. Não quero perder tempo”, declarou Trump na Casa Branca ao explicar os motivos do cancelamento do encontro, originalmente marcado para aproximadamente duas semanas depois. O Kremlin respondeu que “ninguém quer perder tempo”.

Após o adiamento, ataques russos retomaram o bombardeio sobre áreas civis na Ucrânia, incluindo uma creche. Autoridades ucranianas divulgaram imagens de equipes de resgate retirando crianças de um jardim de infância em chamas na cidade de Kharkiv, no nordeste do país. Dados preliminares apontam que uma pessoa morreu e várias ficaram feridas no bombardeio ao local.

Além da creche, usinas de energia foram atingidas, provocando apagões em várias regiões da Ucrânia, inclusive na capital Kiev.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky comentou o ataque, afirmando que isso demonstra que Putin “claramente não sente pressão suficiente para cessar o prolongamento da guerra”.

Paralelamente, Putin ordenou exercícios com armas nucleares na quarta-feira. As manobras envolveram forças terrestres, marítimas e aéreas nucleares, ocorrendo logo após o anúncio do adiamento da cúpula de Budapeste com Trump.

Durante os exercícios, foi lançado um míssil balístico intercontinental Yars, com alcance de até 12 mil km, a partir do Cosmódromo de Plesetsk, cerca de 800 km ao norte de Moscou. O míssil seguiu para o local de testes em Kura, na Península de Kamchatka, a mais de 6 mil km do ponto de lançamento.

Também participaram as forças o submarino nuclear Bryansk, que lançou um míssil balístico Sineva no Mar de Barents, além de vários bombardeiros estratégicos Tu-95C, que dispararam mísseis de cruzeiro.

Créditos: Gazeta do Povo

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