Política
04:06

Senador Carlos Viana diz que frente evangélica rejeita indicação de Jorge Messias ao STF

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) declarou nesta segunda-feira (01) que a frente evangélica do Senado Federal, da qual é presidente, não tem aceitado a indicação do ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Viana explicou que após o pedido do próprio Messias para um encontro com os senadores, ele tem conversado individualmente com os 17 membros que compõem a frente evangélica para verificar a disposição deles em se reunir com o indicado.

Segundo o senador, a maior parte dos parlamentares consultados não quer se encontrar com Jorge Messias, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga deixada por Luiz Roberto Barroso, que se aposentou em outubro.

Mesmo ressaltando que, por respeito ao cargo de Messias e à fé compartilhada pelos senadores, seria adequado ouvi-lo, Viana duvida que um encontro possa alterar a decisão de voto dos integrantes da frente.

“Primeiro estou ouvindo os senadores, conversando um a um para saber se querem participar. Até o momento, a maioria não deseja, mas alguns estão dispostos a ouvir”, afirmou.

Ele acrescentou: “Duvido muito que um encontro mude a decisão de voto de cada senador”.

O senador ainda apontou que a escolha de Messias pode aumentar o conflito entre o Legislativo e o Judiciário em relação às emendas parlamentares. Desde o fim de 2024, o STF tem monitorado com mais rigor o fluxo dessas emendas, exigindo maior transparência nas transferências.

As ações que questionam as regras dos repasses, relatadas pelo ministro Flávio Dino, representam um dos principais conflitos entre os poderes, pois submetem à fiscalização práticas consolidadas no Congresso.

No processo, a Advocacia-Geral da União tem atuado como auditora, analisando a legalidade das operações, o que intensifica o atrito entre Legislativo e Judiciário.

Para Viana, Messias enfrenta a desconfiança dos parlamentares quanto ao equilíbrio entre os poderes.

Créditos: CNN Brasil

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