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Senador Weverton Rocha é alvo da PF por descontos ilegais em aposentadorias

O senador maranhense Weverton Rocha (PDT-MA) está entre os alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Além do senador, a operação também tem como alvo um assessor de Weverton e um homem identificado como Romeu Carvalho Antunes, que foi preso. O pai de Romeu, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, havia sido preso em setembro por envolvimento no mesmo esquema.

Weverton Rocha Marques de Sousa, natural de Imperatriz (MA), tem 46 anos e construiu sua carreira política a partir do engajamento no movimento estudantil e na política partidária desde a adolescência. Ele é alvo de diversos processos por corrupção, que ele nega participação.

Na juventude, Weverton atuou como dirigente estudantil em organizações como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), chegando a vice-presidente da UNE.

Ele trabalhou como assessor na Prefeitura de São Luís entre 2000 e 2006 e foi secretário estadual de Esporte e Juventude do Maranhão com o apoio do então governador Jackson Lago (PDT).

Na carreira legislativa, foi eleito deputado federal suplente em 2010, assumindo em 2012, sendo reeleito em 2014 e atuando até 2018. Durante esse período, posicionou-se contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e contra a reforma trabalhista de 2017.

Em 2018, foi eleito senador com o apoio do governador Flávio Dino, ocupando até hoje o mandato. Atualmente, atua na base do presidente Lula (PT) e foi relator da indicação do ministro Jorge Messias ao STF.

Weverton também se candidatou ao governo do Maranhão em 2022, mas não chegou ao segundo turno. A eleição foi vencida por Carlos Brandão (PSB).

Em março de 2017, quando ainda deputado federal, tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal por violação à lei de licitações e peculato, relacionados à contratação e aditivos de obras para a reforma de um ginásio esportivo em São Luís.

Mais recentemente, Weverton foi alvo da Operação Odoacro, que investiga suspeitas de fraudes, lavagem de dinheiro e uso indevido de verbas públicas em contratos no Maranhão. Segundo as apurações, ele teria destinado cerca de R$ 34 milhões em emendas individuais para obras feitas por duas empresas investigadas pela Polícia Federal.

Em 2025, o Ministério Público do Maranhão ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa ligada a irregularidades na contratação de serviços de aluguel de veículos em 2009. O MP pede ressarcimento ao erário, suspensão de direitos políticos e multa civil.

Weverton negou envolvimento direto nas irregularidades e afirmou que não é parte nas investigações direcionadas a terceiros.

Créditos: G1 Maranhão

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