Senadores apoiam Davi Alcolumbre após adiamento da sabatina de Jorge Messias
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidiu adiar a sabatina e a votação da indicação de Jorge Messias para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao não envio da mensagem oficial pelo Poder Executivo. Essa decisão provocou diversas manifestações de apoio no Plenário nesta terça-feira (2). Lideranças de vários partidos demonstraram solidariedade a Davi e defenderam sua postura, ressaltando a importância do cumprimento do rito constitucional.
O líder do PSD, Omar Aziz (AM), foi o primeiro a se pronunciar e repudiou as críticas dirigidas a Davi. Ele ressaltou que o presidente do Senado tem agido de maneira republicana tanto no atual quanto nos governos anteriores. Aziz destacou que aguardar a mensagem presidencial assegura o respeito às prerrogativas constitucionais.
Davi Alcolumbre respondeu afirmando que todas as informações sobre o episódio já foram divulgadas em uma nota pública no domingo e recebeu apoio da grande maioria dos senadores. Para ele, defender as prerrogativas do Senado fortalece a instituição.
O senador Sergio Moro (União-PR) também se solidarizou e criticou ataques ao presidente do Senado, defendendo o direito da Casa de analisar com rigor as indicações para o STF. Segundo Moro, não faz sentido criticar Davi por ter estabelecido um cronograma diante da ausência da mensagem presidencial.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) reiterou seu apoio a Davi e afirmou que a decisão de seguir estritamente o rito constitucional corresponde ao perfil de um presidente comprometido com as normas e instituições.
Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL, afirmou que Davi colocou “as coisas no devido lugar” ao adiar o calendário diante da falta de documentação, enfatizando que o rito deve ser respeitado. Ele também defendeu mudanças no processo de escolha dos ministros do STF.
Eduardo Braga (MDB-AM) elogiou a postura de Davi, afirmando que seria inadequado que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) emitisse relatório sem o envio da mensagem oficial pelo governo.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) disse que a ausência da mensagem inviabiliza o seguimento regular do processo, destacando que a decisão de Davi respeitou tanto a autonomia do Executivo quanto a do Senado.
Por fim, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), reafirmou o respeito do Executivo a Davi Alcolumbre e repudiou insinuações sobre a relação entre o governo e a Presidência do Senado, destacando o republicanismo nas indicações anteriores.
Créditos: Senado