Sete membros do Comando Vermelho morrem em confronto com PM no Ceará
Sete integrantes da facção Comando Vermelho morreram na madrugada desta sexta-feira (31) durante um confronto com a polícia na cidade de Canindé, interior do Ceará.
Na ação, os policiais apreenderam um fuzil, pistolas, revólveres, granadas, mais de 150 munições, drogas e um veículo.
O tiroteio aconteceu no bairro Campinas, área controlada por uma facção rival do Comando Vermelho no município.
Segundo informações apuradas pelo g1, os criminosos do Comando Vermelho tentaram dominar o bairro, invadindo a região dos rivais, mas foram surpreendidos por policiais das equipes Raio, Cotar (Comando Tático Rural), FT (Força Tática), FT Rural e Policiamento Ostensivo Geral.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública, os criminosos lançaram granadas contra os policiais, que reagiram à agressão.
Os agentes receberam informações da Inteligência sobre ações criminosas previstas na região e se deslocaram até o local, onde foram atacados com tiros e dois artefatos explosivos em via pública.
Após o confronto, sete homens, ainda não formalmente identificados, foram socorridos a uma unidade hospitalar, onde faleceram. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal.
A Delegacia de Canindé é responsável pelas investigações do caso.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, parabenizou a ação da polícia após o episódio.
No Ceará, sete facções disputam territórios para controlar a venda de drogas e outros serviços, como internet, conforme informações do governador.
Essa disputa entre grupos é responsável por 90% dos homicídios no estado, que registra a maior taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes em 2024, segundo o Mapa da Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O número absoluto de homicídios dolosos cresceu 9,85% no Ceará, passando de 2.893 em 2023 para 3.178 em 2024.
Em algumas regiões, as facções cobram “pedágio” para permitir que comerciantes e vendedores informais atuem. Em agosto de 2025, um vendedor de churrasco foi assassinado após recusar pagar uma taxa de R$ 1.000, valor que era elevado de R$ 400 para o novo montante mensal.
Créditos: g1