STF pressiona Castro com crise de segurança no Rio enquanto Brasília se mobiliza
A crise de segurança no Rio de Janeiro escalou e tornou-se o principal foco político do país, com o Supremo Tribunal Federal (STF) pressionando o governador Cláudio Castro e mobilizando a capital federal.
Enquanto o Judiciário avança em outras frentes, determinando a execução da pena da deputada Carla Zambelli e definindo o futuro de Mauro Cid, o governo federal enfrenta também crescente pressão nas contas públicas, cujo déficit ultrapassa R$ 100 bilhões em 2025.
Uma grande operação policial no Rio provocou uma forte crise institucional. O STF reagiu prontamente: o ministro Alexandre de Moraes irá pessoalmente ao Rio para ouvir o governador Cláudio Castro, e o plenário da Corte exigiu explicações formais do governo fluminense.
O ministro Edson Fachin qualificou a situação como uma “tragédia grave”. Anteriormente, o STF havia determinado que a Polícia Federal investigasse as facções criminosas no estado. A crise repercutiu internacionalmente, incluindo críticas de um advogado do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e comentários do presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
No âmbito político, a oposição ao governo federal pediu a demissão do diretor-geral da Polícia Federal. O deputado Lindbergh Farias solicitou ao STF o afastamento de Cláudio Castro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou o julgamento que pode cassar o mandato do governador. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou solidariedade a Castro.
O governo federal também se manifestou: o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que “não existe bala de prata” contra o crime. Ministras do governo Lula visitaram favelas da Penha e do Alemão. Paralelamente, o presidente Lula sancionou projeto de lei de autoria do senador Sergio Moro, que endurece o combate ao crime organizado.
O STF determinou a execução da pena da deputada Carla Zambelli, condenada por perseguir um homem armado em 2022. O ministro Alexandre de Moraes tomou duas medidas em relação ao deputado Gustavo Gayer: negou pedido para que ele visitasse o ex-presidente Jair Bolsonaro e suspendeu processo penal contra o parlamentar.
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid iniciou cumprimento de pena em regime aberto, o que permitirá a retirada da tornozeleira eletrônica. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi citado em investigação sobre mineração ilegal, que foi encaminhada ao STF para análise.
A Corte também definiu que o Estado deve indenizar danos materiais causados por policiais durante protestos.
Quanto às finanças públicas, o déficit do governo Lula ultrapassou R$ 100 bilhões em 2025, segundo dados do Tesouro Nacional. Para aumentar a arrecadação, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite a atualização do valor de bens declarados no Imposto de Renda, recompondo a renda federal.
Créditos: Gazeta do Povo