Suspeitos do roubo ao Louvre são presos em Paris; joias seguem desaparecidas
Cinco novos suspeitos, incluindo o principal deles, foram presos na noite de quarta-feira (29) na região de Paris por participação no roubo ao Museu do Louvre, ocorrido no dia 19 de outubro de 2025.
Dois suspeitos detidos no último sábado (25) foram formalmente acusados de roubo organizado e associação criminosa e estão em prisão preventiva. Até o momento, as joias roubadas continuam desaparecidas.
A promotora Laure Beccuau informou que um dos suspeitos teria integrado a equipe que roubou a Galeria de Apolo do Louvre, local onde as joias da coroa francesa foram levadas. Não há detalhes adicionais sobre o envolvimento dos cinco suspeitos presos nesta quarta.
A polícia afirmou que o DNA dos dois homens detidos no sábado foi encontrado na cena do crime: um deles em uma scooter usada na fuga e outro na vitrine de vidro quebrada que guardava as joias. Os homens admitiram participação parcial no crime, segundo Beccuau.
O roubo ocorreu em plena luz do dia, quando ladrões invadiram o Louvre usando um guindaste acoplado a um caminhão para acessar uma janela da Galeria de Apolo. Estima-se que as joias tenham um valor aproximado de 88 milhões de euros (mais de R$ 550 milhões). A ação durou cerca de sete minutos e envolveu pelo menos quatro suspeitos.
Os indivíduos presos serão indiciados por roubo em quadrilha organizada, delito punível com até 15 anos de prisão pela legislação francesa. A promotora não descartou a possibilidade de outras pessoas envolvidas além dos flagrados em vídeos do crime.
A diretora do Louvre, Laurence des Cars, reconheceu uma falha grave na segurança, destacando que as câmeras não cobriam a janela pela qual os ladrões entraram.
O museu permaneceu fechado por três dias após o roubo e reabriu com segurança reforçada e presença policial armada. O governo francês também determinou o aumento da segurança em museus e instituições culturais do país.
O roubo causou comoção na França, afetando autoridades do governo e do museu. Reuniões emergenciais foram realizadas pelos ministérios da Cultura e do Interior para tratar do caso.
O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, qualificou o episódio como “deplorável” e admitiu falhas que prejudicaram a imagem da França. O presidente Emmanuel Macron prometeu localizar os responsáveis e solicitou rápida implementação de mais medidas de segurança no Louvre.
No ataque, os ladrões furtaram nove peças, sendo que uma delas, a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, foi recuperada danificada próxima ao museu. A coroa inclui 1.354 diamantes e 56 esmeraldas.
Outros itens ainda desaparecidos incluem colar e brincos da imperatriz Maria Luisa. A peça mais valiosa do acervo, o diamante Regent, não foi roubada.
O Museu do Louvre é o mais visitado do mundo, com um acervo de mais de 33 mil obras. Entre suas atrações mais famosas está a Mona Lisa, que diariamente atrai cerca de 20 mil visitantes.
Em 1911, a Mona Lisa também foi roubada e recuperada dois anos depois. Além dela, obras renomadas como a Vênus de Milo e A Vitória de Samotrácia compõem o museu.
Créditos: g1 globo