Tensão nas relações Brasil-EUA por ameaça militar na Venezuela de Trump

A aguardada reunião entre o secretário de Estado americano, Marco Rúbio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ocorre em um momento que reúne aspectos positivos e negativos para a América do Sul.

De acordo com levantamentos da coluna, o Brasil está progressivamente alcançando seu objetivo. O país restabeleceu o diálogo e a racionalidade nas conversas com um de seus parceiros comerciais tradicionais, os Estados Unidos.

Embora não seja o principal parceiro comercial — posição que pertence à China e a União Europeia ocupa a segunda — os Estados Unidos adquirem 12% das exportações brasileiras, mantendo uma relação de comércio que já dura 200 anos.

Entretanto, desta longa relação emerge uma nova dificuldade.

A ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de realizar ações militares em território venezuelano representa um desrespeito explícito. É amplamente conhecido que a política externa brasileira tem o costume de condenar qualquer intervenção armada na América do Sul.

Diante do delicado estágio das relações diplomáticas, agravado pelas tarifas comerciais, qualquer manifestação brasileira favorável a essa intervenção será interpretada como apoio a Nicolás Maduro.

Essa postura poderá anular os esforços de Lula nas negociações com o governo Trump e o líder da extrema direita americana.

Créditos: Veja