
[Currais de Ontem ]Teotônio Freire, o poeta e escritor
Um dos escritores mais ilustres da literatura pernambucana é curraisnovense e, talvez, muitos da terra da scheelita não o conheçam, a não ser pelo nome da grande avenida que atravessa a cidade. Manuel Teotônio Freire, o Teotônio Freire, nasceu em outubro de 1865 no Totoró, descendente do Coronel Cipriano Lopes Galvão. Adolescente, foi com os pais para Pernambuco onde estudou e diplomou-se na Escola Normal de Recife, tendo uma grande vocação para as letras. Bem jovem, tornou-se professor, escritor, jornalista e poeta.
Colaborou com inúmeros jornais e escreveu diversas obras tais como: “República”, “Retornelos Líricos”, “Bronze de Corinto” (poemetos), “Pátria Nova” (em colaboração com França Júnior), “Relevos” (fantasia), “Lavas e estelos” (versos), “Passienário”, “Regina” (romances), “Cartas e Crônicas”, “Flâmulas” (contos), “De Relance” (Estudos críticos) e “Clotilde” (drama de propaganda abolicionista). É de sua autoria um ensaio dedicado à Joaquim Nabuco publicado no “Jornal Pequeno”, de Recife, em 23.01.1910. O poeta e escritor Sílvio Romero, imortal da Academia Brasileira de Letras, afirmou sobre Teotônio Freire: “possui alguns contos que são verdadeiras joias literárias”. Diante de sua grandiosidade intelectual, Teotônio Freire foi um dos membros fundadores da Academia Pernambucana de Letras, ocupando a cadeira 19, sendo o primeiro presidente eleito em 1901. Faleceu aos 52 anos em março de 1917.
Pesquisa: Sinopse do Município de Currais Novos (José Bezerra Gomes); Academia Pernambucana de Letras.
Por João Bezerra- Jornalista/ Historiador