Trump afirma que não há prazo para Ucrânia aceitar plano de paz dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (25) que não há um prazo estabelecido para que a Ucrânia aceite o plano de paz apoiado pelos EUA.
Ele comentou que os negociadores americanos estavam avançando nas conversas com a Rússia e a Ucrânia, e indicou que Moscou havia aceitado algumas concessões. Trump também informou que seu enviado Steve Witkoff se encontraria com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou, e que seu genro Jared Kushner estava envolvido no processo.
Paralelamente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que seu governo está preparado para avançar com o acordo de paz apoiado pelos EUA. Em um discurso para a Coalizão dos Dispostos, que reúne aliados europeus da Ucrânia, ele disse estar pronto para discutir os pontos sensíveis da proposta diretamente com Trump e o grupo de aliados.
Zelensky também solicitou que os parceiros elaborem um plano para enviar uma “força de apoio” à Ucrânia e mantenham o suporte a Kiev enquanto a Rússia não demonstrar vontade de encerrar a guerra.
Na segunda-feira (24), Trump mencionou que as negociações realizadas em Genebra durante o fim de semana tinham apresentado “grande progresso”. Vários líderes europeus também reconheceram avanços, que levaram a alterações no plano de paz.
Zelensky celebrou os “passos importantes” feitos em reuniões com autoridades americanas, destacando que foram discutidos “pontos extremamente delicados”. No entanto, ressaltou que ainda há muito a ser feito para terminar o conflito. Em um discurso por videoconferência ao parlamento sueco no dia 24, ele classificou o momento como “crítico” e apontou que ceder território é o principal obstáculo.
A Rússia exige a anexação da região de Donbass, leste da Ucrânia, onde estão os estados de Donetsk e Luhansk.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que houve “progresso tremendo” nas negociações e pontuou que a proposta de paz em 28 pontos sugerida pelos EUA é um “documento vivo e em evolução”, com conversas previstas fora de Genebra.
A Casa Branca emitiu comunicado informando que “as partes elaboraram uma estrutura de paz atualizada e aprimorada”, sem entrar em detalhes.
As negociações do final de semana foram motivadas pelo plano de paz americano e por um ultimato de Trump para que Zelensky aceitasse até quinta-feira (27). A proposta americana divulgada anteriormente incluía termos favoráveis à Rússia, como o reconhecimento oficial dos territórios ucranianos sob controle russo e a limitação do tamanho do exército ucraniano.
Trump afirmou que não enviará soldados para a Ucrânia. O chanceler russo mencionou a possibilidade de troca de territórios.
Créditos: g1