Trump anuncia alta de 10% nas tarifas sobre produtos canadenses

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou neste sábado (25) que aumentará em mais 10% as tarifas sobre produtos canadenses, além das taxas já aplicadas.

Essa declaração foi feita um dia após o rompimento das negociações comerciais com o governo do Canadá, representado pela capital Ottawa. Segundo Trump, a quebra ocorreu devido a um anúncio publicitário considerado enganoso.

Entre os assuntos discutidos nas reuniões anteriores, estavam as tarifas aplicadas a produtos brasileiros. Trump já indicou que pode reduzir algumas dessas tarifas “nas circunstâncias certas”, demonstrando possibilidade de melhorar as relações comerciais com o Brasil.

O Canadá já enfrentava tarifas médias de 35% para seus produtos exportados aos EUA. Especificamente, a madeira canadense tem tarifa de 10%, enquanto armários de cozinha, pias de banheiro e móveis estofados são taxados em 25%.

No dia anterior, Trump criticou o Canadá por praticar um “jogo sujo” após a província de Ontário lançar uma campanha publicitária nos EUA. O comercial usava trechos de um discurso do ex-presidente americano Ronald Reagan que afirmava que tarifas prejudicavam os americanos.

Após o episódio, Trump declarou que não pretende se reunir com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney.

A campanha gerou reação de diversos setores, incluindo a Fundação Ronald Reagan, que afirmou que o anúncio distorce as palavras do ex-presidente e que avaliaria suas ações legais.

Trump ainda acusou autoridades canadenses de buscarem interferência nas decisões da Suprema Corte dos EUA e outros tribunais sobre a legalidade das tarifas.

Esse aumento nas tarifas provoca uma nova tensão enquanto Canadá, Estados Unidos e México negociam a renovação do T-MEC, tratado comercial que mantém cerca de 85% do comércio entre os países livre de tarifas.

O governo canadense mostrava avanços nas negociações sobre aço, alumínio e energia, mas o episódio do anúncio publicitário interrompeu essa aproximação.

Apesar do conflito, Mark Carney afirmou estar disposto a retomar as negociações assim que os americanos desejarem.

Esta reportagem conta com informações das agências Reuters e France Presse.

Créditos: g1