Trump anuncia fechamento do espaço aéreo da Venezuela em declaração oficial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom contra Nicolás Maduro ao anunciar que o espaço aéreo da Venezuela está “totalmente fechado”.

O republicano orientou companhias aéreas, traficantes de drogas e pessoas a considerarem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela como interditado. O anúncio ocorreu às 9h43, horário de Brasília, na rede social TruthSocial, utilizada por Trump.

Trump não forneceu detalhes adicionais sobre essa declaração, encerrando sua publicação com “Obrigado pela atenção”.

O fechamento do espaço aéreo sugere a possibilidade de futuras operações norte-americanas na Venezuela. Na quinta-feira anterior, o presidente dos EUA informou que iniciaria em breve ações terrestres contra narcotraficantes venezuelanos.

Recentemente, o governo norte-americano já havia alertado aviões sobre precauções a serem tomadas no espaço aéreo venezuelano devido ao agravamento da segurança e aumento das atividades militares no país e arredores, segundo a Casa Branca.

Em reação, seis companhias aéreas suspenderam temporariamente suas operações. O Ministério dos Transportes da Venezuela estabeleceu um prazo de 48 horas para retomada dos voos, que expirou ao meio-dia da quarta-feira, sem que as empresas tivessem reiniciado os serviços.

O governo venezuelano, por sua vez, revogou as licenças dessas companhias aéreas, acusando-as de apoiar “ações de terrorismo de Estado promovidas pelo governo dos Estados Unidos” ao suspender unilateralmente seus voos.

Washington acusa Nicolás Maduro de liderar o chamado Cartel de los Soles, designado grupo terrorista em 24 de novembro. Caracas rejeita essa classificação, qualificando-a como uma “mentira ridícula”.

Desde setembro, as tensões entre EUA e Venezuela têm aumentado. As forças americanas atacaram mais de 20 embarcações acusadas de transportar drogas no Caribe e no Pacífico, resultando em pelo menos 83 mortos.

Além disso, Trump autorizou ações clandestinas da CIA na Venezuela e declarou que, “em algum momento”, pretende conversar com Maduro.

Maduro denunciou que essas manobras visam derrubá-lo e que os Estados Unidos querem controlar as reservas de petróleo do país.

Créditos: UOL