Trump avalia nova pressão sobre Venezuela após Maduro ignorar ultimato
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu-se nesta segunda-feira (1º de dezembro de 2025) com seus assessores para avaliar formas adicionais de pressionar a Venezuela. O encontro ocorreu após o presidente venezuelano Nicolás Maduro não cumprir o prazo dado por Trump para deixar o país, que expirou na sexta-feira (28 de novembro), conforme informou a agência Reuters.
A reunião com a equipe de segurança nacional foi realizada no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, porém detalhes da conversa não foram divulgados.
Em 21 de novembro, durante uma ligação telefônica, Maduro apresentou a Trump uma série de pedidos para deixar a Venezuela, incluindo anistia legal total para ele e seus familiares, cancelamento de todas as sanções dos EUA, remoção das acusações do Tribunal Penal Internacional e suspensão das penalizações contra mais de 100 membros do governo venezuelano.
Trump recusou esses termos e determinou um prazo de uma semana para que Maduro deixasse o país com seus familiares. Passado o prazo, Maduro permaneceu na Venezuela.
Em público, nesta segunda-feira, Maduro reafirmou sua lealdade ao país durante uma marcha organizada pelo governo para empossar líderes do partido governista PSUV. Ele declarou:
“Tenham certeza de que, assim como jurei diante do corpo do nosso comandante Chávez antes de me despedir dele, lealdade absoluta ao custo da minha própria vida e tranquilidade, eu juro a vocês lealdade absoluta até o fim, enquanto pudermos viver esta bela e heróica história”.
No domingo (30 de novembro), Maduro enviou uma carta à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) solicitando auxílio para enfrentar as “crescentes e ilegais ameaças” dos Estados Unidos e do seu presidente.
Ele acusou os EUA de tentar se apoderar das reservas petrolíferas da Venezuela e denunciou o uso de força militar contra o território, população e instituições do país.
Até esta segunda-feira, os EUA haviam destruído ao menos 16 embarcações no Mar do Caribe e no Pacífico, além de posicionar o porta-aviões Gerald R. Ford na região como forma de pressão.
Fontes consultadas pela Reuters informaram que, em decorrência da permanência de Maduro, Trump fechou o espaço aéreo venezuelano no sábado (29 de novembro). No domingo (30), Trump confirmou uma conversa com Maduro, porém sem revelar detalhes.
Trump comunicou por escrito:
“A todas companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E AO REDOR DA VENEZUELA COMO TOTALMENTE FECHADO. Obrigado pela atenção!”
O governo venezuelano classificou a medida como uma “ameaça colonialista”. No mesmo dia, a Autoridade de Aeronáutica Civil da Colômbia expressou solidariedade à Venezuela, afirmando que o espaço aéreo venezuelano está aberto e funcionando normalmente, sem restrições que comprometam a segurança dos voos.
Créditos: Poder360