Economia
09:10

Trump reduz tarifas sobre importações chinesas após reunião com Xi Jinping

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30 de outubro de 2025) a redução das tarifas impostas sobre produtos chineses, que caíram de 57% para 47%, com efeito imediato. Essa medida foi tomada após o encontro entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping.

Antes de embarcar no avião presidencial Air Force One, Trump explicou que a decisão foi motivada pela diminuição da barreira comercial relativa ao fentanil importado da China, cuja tarifa foi reduzida de 20% para 10%.

Ele destacou que os chineses estão empenhados em combater o comércio ilegal dessa droga, que se tornou uma epidemia nos Estados Unidos nos últimos anos.

Além disso, a tarifa de 100% sobre produtos chineses, imposta devido às restrições no comércio de terras raras no início do mês, foi cancelada. Trump afirmou que a reunião resultou em um acordo que deixará as questões relacionadas às terras raras no passado.

O acordo comercial firmado tem duração de um ano e será revisitado anualmente por ambos os países.

O encontro entre as equipes econômicas dos Estados Unidos e China, incluindo Trump e Xi, durou uma hora e 45 minutos em Busan, Coreia do Sul. Foi a primeira reunião entre os dois líderes desde 2019, durante o primeiro mandato de Trump.

O presidente norte-americano classificou a reunião como “maravilhosa” e afirmou: “Se eu tivesse que dar uma nota de 0 a 10, eu daria 12”.

Outro tema central da conversa foi a compra de soja pelos chineses. Trump revelou que Xi autorizou, na terça-feira (29 de outubro), a retomada das importações da commodity agrícola dos Estados Unidos.

“Grandes quantidades, quantidades enormes de soja serão compradas. O presidente Xi autorizou isso ontem”, afirmou Trump, acrescentando: “Eu agradeço, foi um gesto muito gentil”.

A retomada da venda de soja é um ponto essencial para Trump, tanto pelo impacto negativo gerado pela suspensão das compras nos últimos meses quanto porque os produtores de soja fazem parte de sua base eleitoral.

Este cenário é desfavorável para o Brasil, que vinha registrando vendas recordes de soja para o mercado chinês nesse período. A soja norte-americana é a principal concorrente da brasileira no mercado externo.

Créditos: Poder360

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