Venezuela reforça tropas e arma civis diante de avanço militar dos EUA no Caribe
A Venezuela posicionou tropas próximas à sua costa no Caribe e decidiu armar a população para enfrentar uma possível incursão dos Estados Unidos no país, conforme informou o governo do presidente Nicolás Maduro.
Em agosto, os EUA enviaram navios e aviões de guerra para o Caribe com a justificativa de uma operação antidrogas. Entretanto, o governo venezuelano considera essa ação uma agressão com o objetivo de provocar uma mudança de regime para se apoderar do petróleo do país.
Nas semanas recentes, as forças norte-americanas realizaram ataques contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, resultando em pelo menos 27 mortes.
Diante da presença militar dos EUA, Maduro ordenou exercícios militares contínuos e convocou civis para alistamento, promovendo seu treinamento no uso de fuzis.
Na quinta-feira (16), o governo informou em transmissões televisivas que tropas foram posicionadas em locais estratégicos devido à aproximação de navios norte-americanos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou o uso do poderio militar americano como parte da luta contra cartéis associados a Maduro. O líder venezuelano nega tais acusações e afirma que seu país enfrenta a “ameaça militar mais letal e extravagante da história”.
Trump também declarou, na quarta-feira (15), ter autorizado operações secretas da CIA em território venezuelano e estar considerando ataques terrestres contra cartéis do país.
Forças militares dos EUA destruíram pelo menos quatro embarcações de supostos narcotraficantes, ação que Caracas qualificou como “execuções extrajudiciais” e uma “sentença de morte” em alto-mar.
Na sexta-feira, a Venezuela solicitou ao Conselho de Segurança da ONU que impeça os Estados Unidos de cometer o que chamou de “crime internacional”, acusando o governo Trump de fabricar um conflito para justificar uma invasão.
Créditos: g1