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Vídeo mostra início e rápida propagação de incêndio mortal em Hong Kong

Um vídeo divulgado nas redes sociais por testemunhas revela o começo do incêndio em prédios residenciais de Hong Kong na quarta-feira (26) e a rápida expansão das chamas.

De acordo com a investigação preliminar publicada pelas autoridades locais nesta sexta-feira (28), o fogo teve início nas telas de proteção e rapidamente se alastrou pelos andaimes de bambu usados na reforma do complexo.

A Reuters confirmou a autenticidade das imagens com base em pontos de referência e relatórios oficiais.

O último balanço divulgado nesta sexta indica que o número de mortos subiu para 128, enquanto mais de 200 pessoas continuam desaparecidas.

O governo informou que o incêndio começou em uma rede de proteção verde instalada para as obras, que estavam em andamento nos andares inferiores dos prédios. As chamas se espalharam através de placas de isopor e andaimes de bambu.

Bombeiros controlaram o fogo apenas na sexta-feira, após quase 48 horas de combate. Esse é o incêndio mais mortal em Hong Kong em décadas, atingindo sete das oito torres de 31 andares do condomínio.

Os prédios estavam em reforma há cerca de um ano e foram revestidos por andaimes de bambu e redes de proteção que facilitaram a propagação do fogo. O calor extremo fez com que os bambus se quebrassem e as chamas se espalhassem para outros andares.

Além disso, falhas nos sistemas de alarme dos edifícios dificultaram o alerta e a evacuação.

O condomínio, localizado no distrito de Tai Po, inclui cerca de dois mil apartamentos que abrigam aproximadamente 4,6 mil moradores, segundo censo de 2021.

Entre os mortos está um bombeiro; outros socorristas também se feriram ao atuar no local. Um porta-voz do corpo de bombeiros destacou a dificuldade para ingressar nos prédios devido à alta temperatura interna.

Até agora, nove pessoas foram presas por suspeita de negligência relacionada ao incêndio, incluindo três funcionários da construtora responsável pelas reformas, que serão processados por homicídio culposo. A polícia também apreendeu documentos durante busca na empresa.

A investigação apontou que as telas de proteção não cumpriam as normas de segurança contra incêndios, o que contribuiu para a tragédia.

Créditos: g1

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