[VÍDEO] Título de cidadão natalense para Bolsonaro gera discussão entre vereadores na Câmara

Os vereadores Subtenente Eliabe (PL) e Thabatta Pimenta (Psol) discutiram no plenário da Câmara Municipal de Natal, nesta terça-feira (8), em meio ao debate sobre a proposta de concessão do título de cidadão natalense para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O projeto, apresentado por Eliabe, está sendo discutido nas comissões temáticas e deverá ser votado no plenário da Câmara de Natal ainda nesta semana. A ideia é que a homenagem, se aprovada, seja entregue ao ex-presidente na próxima sexta-feira (11), quando ele chega ao Rio Grande do Norte para uma agenda de dois dias.

A discussão começou quando Thabatta pediu a palavra para criticar o projeto. Ela disse que Bolsonaro não merece a homenagem por causa da gestão na pandemia da Covid-19. Pimenta lembrou que sua mãe morreu durante o período, em decorrência da doença, e acusou Bolsonaro de negligência na crise sanitária.

“Minha mãe era uma profissional da saúde, e estava lá lutando pela vida de outras pessoas que queriam ser vacinadas, e o presidente da República se negou a dar a vacina quando eles queriam. Ele pensou que poderia dar na hora em que ele quissesse, mas essas pessoas morreram. Esse homem foi responsável pela morte de tantas pessoas. A minha mãe é uma prova disso”, disse.

Após Thabatta terminar sua fala, Eliabe disparou a frase “O choro é livre”, o que deu início à discussão. A fala foi interpretada como uma provocação pela vereadora, que criticou a fala de Eliabe. “Eu chorei porque a minha mãe morreu, e foi por causa desse homem (Bolsonaro)”, disse.

Após a discussão, a vereadora se pronunciou nas redes sociais e voltou a criticar a fala de Eliabe, afirmando que ele “desrespeitou a memória das milhares de vidas perdidas para a Covid-19“. Ela classificou a fala como “desrespeitosa”, em tom de deboche com as vítimas da pandemia.

Após a crítica de Thabatta, Eliabe reiterou a frase e acusou a vereadora do Psol de quebrar o decoro parlamentar por ter comparado o plenário da Câmara Municipal a uma feira, em meio à discussão entre os vereadores.

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– Foto: Francisco de Assis / CMN