Política
16:08

Generais Heleno e Paulo Nogueira são presos em Brasília após condenação do STF

Nesta terça-feira (25), em Brasília, o Exército cumpriu os mandados de prisão definitiva contra os generais Augusto Heleno e Paulo Nogueira, ex-ministros do governo Bolsonaro. Eles foram condenados pelo núcleo 1 da suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os generais foram levados ao Comando Militar do Planalto, em Brasília (DF), e a prisão foi acompanhada por generais de quatro estrelas, conforme as normas das Forças Armadas.

De acordo com o estatuto do Exército, oficiais só podem cumprir pena “em organização militar da respectiva força”, ou seja, generais do Exército devem cumprir suas penas em instalações dessa própria Força.

O STF definiu o “trânsito em julgado” do processo que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão por supostamente liderar um plano para a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Essa decisão ocorreu após o prazo para recursos dos embargos de declaração terminar, sem que a defesa de Bolsonaro apresentasse recurso. Entretanto, existe a expectativa de que os advogados do ex-presidente recorram com os chamados “embargos infringentes” até esta sexta-feira (28).

O general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, recebeu pena de 19 anos de prisão pelas acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O general Augusto Heleno foi condenado a 21 anos de prisão por suposta organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra patrimônio da União, além da suposta deterioração de patrimônio tombado. Heleno comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro e permaneceu em silêncio durante depoimento à Primeira Turma do STF, prestado em junho.

A reportagem entrou em contato com as defesas e com o Comando do Exército, aguardando posicionamentos. O espaço está aberto para manifestações.

Créditos: Gazeta do Povo

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