Saúde
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Mpox: restrições de viagens teriam ‘impacto desnecessário’ nas economias, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (19) que restrições gerais de viagens e comércio para a mpox teriam um “impacto desnecessário” nas economias locais, regionais ou nacionais.

A declaração foi feita em um contexto de recomendações que a organização emitiu para lidar com o atual surto da doença, que recebeu o mais alto nível de alerta global na última semana.

No texto, a OMS também recomendou que países estabeleçam ou fortaleçam arranjos de colaboração transfronteiriça para a vigilância e gestão de casos suspeitos da doença e forneçam informações aos viajantes, evitando restrições que poderiam afetar negativamente as economias de países da África afetados pelo atual surto.

Até o momento, foram registrados 27 mil casos e mais de 1.100 mortes, principalmente entre crianças, na República Democrática do Congo (RDC) desde o início do atual surto em janeiro de 2023.

Fora isso, desde julho de 2024, foram detectados casos de mpox causados pelo clado 1b do MPXV em quatro países vizinhos do país que não haviam registrado casos anteriormente: Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. O clado 1b do vírus é o “tipo mais grave”.

Por isso, a OMS também recomendou a intensificação das campanhas de vacinação como parte das medidas para controlar a emergência de saúde pública, e destacou a importância de preparar e implementar uma estratégia de imunização especialmente em áreas com casos recentes da doença.

A medida se faz necessária porque a disponibilidade de vacinas é limitada, e as doses precisam ser priorizadas para regiões com maior transmissão, como esses países da África.

A RDC deve inclusive receber mais imunizantes na próxima semana, graças ao apoio dos EUA e do Japão.

Fonte: G1

Foto: NIAID