Economia
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CPMI do INSS aprova convocação e quebra de sigilos de Daniel Vorcaro

Os membros da CPMI do INSS aprovaram, em 4 de dezembro de 2025, a convocação e a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático do banqueiro Daniel Vorcaro, do Banco Master. Vorcaro havia sido preso há duas semanas e liberado no sábado anterior (29), sob suspeita de fraude de R$ 12 bilhões em operações de crédito com o Banco de Brasília (BCB).

A convocação foi motivada por operações do Banco Master relacionadas ao crédito consignado para aposentados e pensionistas, que, conforme o relator Alfredo Gaspar (União-AL), acumularam um “elevado número de reclamações” na Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) nos últimos anos.

Gaspar destacou que o Master figura entre as financeiras com maior número de queixas na plataforma Consumidor.gov.br sobre crédito consignado, cartão de crédito consignado e reserva de margem consignável.

Em sessão anterior da CPMI, o Banco Master foi citado pelo advogado Eli Cohen, apontado como um dos operadores do esquema que possibilitou a cobrança de mensalidades irregulares não solicitadas a aposentados e pensionistas, com descontos ilegais estimados acima de R$ 6 bilhões.

A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) enfatizou que ouvir Daniel Vorcaro é essencial para atingir os objetivos da investigação, garantindo a busca pela verdade real e eficácia na apuração das irregularidades no INSS.

A deputada Damares Alves (Republicanos-DF) acrescentou que a convocação é necessária para esclarecer a atuação do banco na concessão do crédito consignado, identificando eventuais falhas que permitiram irregularidades, o conhecimento da diretoria a respeito de práticas fraudulentas, as medidas adotadas para prevenção e a responsabilidade pela compensação dos prejuízos causados aos segurados do INSS.

Daniel Vorcaro foi solto no sábado (29) por decisão da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Ele estava preso desde 18 de novembro, no âmbito da Operação Compliance Zero, que investiga supostas fraudes financeiras que podem ultrapassar R$ 12 bilhões.

Segundo a magistrada, apesar do montante expressivo das acusações, como não houve crimes cometidos com violência ou grave ameaça, medidas alternativas à prisão seriam suficientes para manter a ordem econômica, garantir a investigação, evitar riscos de fuga e evitar a repetição das condutas investigadas.

Créditos: Gazeta do Povo

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