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El Niño e La Niña estão cada vez mais agressivos: Tempo deve ficar mais seco no Sul e mais chuvas no Nordeste

No segundo semestre, o tempo deve ficar mais seco no Sul e pode chover mais no Nordeste. Essa inversão no clima é provocada pelos dois fenômenos naturais, El Niño e La Niña, que estão cada vez mais agressivos.

O fenômeno El Niño vai embora deixando cicatrizes de uma passagem intensa: enchentes no Rio Grande do Sul, queimadas no Pantanal. Mas o respiro é curto. O planeta está em transição para o outro lado da mesma moeda: La Niña.

No boletim do Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, as projeções são de formação do fenômeno La Niña a partir de julho, com probabilidade de 69%. Isso significa que a meteorologia já prevê, logo no início do segundo semestre, mudanças no perfil dos extremos climáticos por aqui, como explica o pesquisador do Cemaden, Giovani Dolif:

“O El Niño e a La Niña se caracterizam por anomalias na temperatura da superfície do mar, lá no Oceano Pacífico equatorial. Quando essa água está com temperatura acima da média, mais do que 0,5º C, então a gente tem o El Niño. Quando ela está abaixo da média, menos que 0,5ºC, a gente tem La Niña. Os efeitos deles se dão nos regimes de chuva e também de temperaturas aqui no Brasil”.