Internacional
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Trump adverte que EUA desarmarão Hamas se acordo não for cumprido

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou nesta terça-feira (14) que o Hamas será obrigado a entregar suas armas caso não cumpra o acordo de desarmamento previsto no plano de paz para Gaza.

Durante uma coletiva na Casa Branca ao lado do presidente da Argentina, Javier Milei, Trump afirmou: “Se eles não entregarem as armas, nós as tiraremos. Como faremos isso? Não preciso explicar, mas se não aceitarem o desarmamento, nós os desarmaremos. Eles sabem que não estou brincando”.

Essa declaração representa um endurecimento da postura americana após o início da primeira fase do cessar-fogo em Gaza, que inclui a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e a retirada parcial das tropas israelenses. O plano, elaborado pela Casa Branca, foi discutido dias antes em uma cúpula no Egito com líderes regionais, em busca de apoio internacional.

Trump afirmou que o Hamas, “no mais alto nível”, garantiu cumprir o compromisso de desarmamento, mas advertiu que qualquer resistência será respondida rapidamente.

“Se for preciso intervir para que o Hamas deponha as armas, essas ações ocorrerão rápido e talvez com violência”, declarou, sem especificar prazos ou detalhes de operações militares.

O presidente destacou que a libertação dos reféns foi o primeiro passo concreto do plano de paz e que os Estados Unidos atuaram diretamente para garantir a entrega segura.

“Fizemos algo monumental. Recuperamos os reféns. Isso era a primeira coisa que tínhamos que fazer, sobretudo, recuperar os reféns”, disse.

A primeira fase do acordo, iniciada em 10 de outubro, prevê a suspensão dos ataques e a troca de 20 reféns vivos por prisioneiros palestinos. Caso as condições sejam mantidas, a segunda etapa deve incluir a completa desmilitarização da Faixa de Gaza, o envio de uma força internacional de estabilização e o lançamento de um programa de reconstrução financiado por países árabes aliados dos EUA.

Trump vê o plano como o início de uma nova política de segurança no Oriente Médio, focada na eliminação de grupos armados e na reconstrução de Gaza sob supervisão internacional. A Casa Branca tem reforçado que o Hamas deve cumprir integralmente o acordo, sob risco de resposta direta dos Estados Unidos e seus aliados.

Créditos: Gazeta do Povo

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